sexta-feira, 29 de julho de 2011

Por que a Missa tridentina?

A unidade da Igreja católica é uma de suas notas essenciais, junto com a santidade, a catolicidade e a apostolicidade. A unidade da Igreja é tríplice: unidade de governo — um só governo, o do Romano Pontífice e dos Bispos em comunhão com ele –, unidade de fé — uma só doutrina — e unidade de culto prestado a Deus, sobretudo através dos Sacramentos, especialmente a Santíssima Eucaristia.
A Eucaristia é, por assim dizer, o centro, a característica e a identidade da Igreja católica. Mas a sua celebração tem diversas formas ou Ritos. “As diversas tradições litúrgicas (ou Ritos), legitimamente reconhecidas por significarem e comunicarem o mesmo mistério de Cristo, manifestam a catolicidade da Igreja” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1206). A diversidade litúrgica, quando legítima, é fonte de enriquecimento e não prejudica a unidade da Igreja.
A Igreja católica conta com dezenas de diversos Ritos, orientais — Melquita, Maronita, Caldeu, Copta… — e latinos — Bracarense, Moçárabe, Ambrosiano… –, todos eles sendo expressões diferentes do mesmo culto católico prestado a Deus.
Nós amamos e preferimos a forma tradicional do Rito Romano — tal como estabelecido por São Pio V e revisto por diversos Papas até o Beato João XXIII em 1962 –, também chamada de Missa tridentina:
  • porque temos o legítimo desejo, reconhecido pelo Papa, de conservar a riqueza litúrgica deste rito tradicional da Santa Igreja;
  • porque consideramos que é a melhor expressão litúrgica dos dogmas eucarísticos e o mais sólido alimento espiritual, por sua riqueza, sua beleza, sua elevação, sua nobreza e a solenidade de suas cerimônias, por seu senso de sacralidade e de reverência, por seu sentido de mistério, pela maior precisão e rigor de suas rubricas, porque apresenta assim maior garantia e proteção contra os abusos, não dando espaço a “ambigüidades, liberdades, criatividades, adaptações, reduções e instrumentalizações”, como lamentava o Papa João Paulo II (Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 10, n. 52, n. 61);
  • porque “esta liturgia pertence à Igreja inteira como o rico veículo do espírito que deve se irradiar também na celebração da terceira edição típica do Missal Romano atual…” como “uma fonte preciosa de compreensão litúrgica para todos os outros ritos…” (Cardeal Francis George, Arcebispo de Chicago);
  • porque esta forma litúrgica não foi jamais abrogada (Bento XVI, Motu proprio Summorum Pontificum);
  • porque nos sentimos chocados, não sem razão, em nossa fé e piedade com os abusos, sacrilégios e profanações que se tornaram tão comuns depois da reforma litúrgica, porque não queremos ver a “liturgia transformada em show” — “onde se tenta tornar a religião interessante com a ajuda de asneiras em moda” (Cardeal Joseph Ratzinger) — nem queremos compartilhar com erros e profanações que constatamos não poucas vezes no uso da nova liturgia.
A todos os fiéis ligados à Missa tridentina, recomendamos a leitura da Orientação Pastoral de Dom Fernando Arêas Rifan, Bispo da Administração Apostólica São João Maria Vianney, datada de 6 de janeiro de 2007.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tarde Te amei!

Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova!

Tarde demais eu te amei!

Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!

Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas.

Estavas comigo, mas eu não estava contigo.

Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem.

Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez.

Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira. Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti.

Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti.

Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz.



(Confissões - Santo Agostinho

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Santidade É para Todos

Deus chama a todos para servi-lo. Ou melhor, todos podem e a todos convém aspirar à santidade em seu estado de vida. De modo diferente devem ser vividos o empenho espiritual de um religioso no claustro e o de um leigo no coração do mundo; de um sacerdote no exercício do ministério e o de um pai de família no governo de sua
casa; de uma virgem que se consagra a Deus e o de uma esposa que se une a seu marido.
Sabe-se que a devoção tem asas para voar ao céu e pés para caminhar sobre a terra e, enquanto as mãos estão em contínuo movimento na ação, não desconhece que seu coração tem de repousar tranqüilamente em Deus. Além disso, tem olhos para orientar-se, vigiar e comandar os negócios temporais, como também uma perspicácia mental, pela qual jamais perde de vista o fim último da vida. Aconselha-se com Deus em todas as atividades e realiza tudo para sua maior glória. Vai mais longe. Tem língua para falar com os homens e, no interior do seu espírito, movimenta todas as forças para jamais cessar de louvar e bendizer a Deus. Desse modo, trata com o mundo e conversa com os céus, atraindo a si o seu Deus por amor, encontrando-o dentro de si, possuindo-o na plenitude da paz, e vivenciando já na terra um outro Paraíso.
         Disso tudo provém uma admirável doçura, com a qual impregna todas as atividades. Vive com inalterável uniformidade de espírito. O mundo não percebe nela nada de extraordinário, nada que a distinga no comportamento, na atividade e no desenvolvimento dos deveres condizentes com sua condição. Por isso, ele fica constrangido por ser obrigado a amar nela algo singular e divino que desconhece. Na prosperidade, a devoção não se exalta. Na adversidade, não se entrega à tristeza. Alegra-se com a felicidade alheia e com a própria. Desapegada de toda preferência pessoal, tem discreta condescendência pelos gostos dos outros, contanto que sejam honestos. Passa de boa vontade, consolação a quem se encontra em aflição de espírito. É liberal com os amigos, generosa com todos, sem pretensões, esperando a recompensa somente de Deus, ao qual somente tem o prazer de servir plenamente.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

AONDE VAIS?

        O venerável Padre José de Anchieta, fundador da cidade de São Paulo e grande missionário, viu um dia um homem, que saía precipitadamente para i r matar um inimigo seu.
        - Aonde vais? - pergunta-lheo servo de Deus.
        - Vou dar um passeio, Padre.
        - Não, meu amigo; vais lançar-te no inferno, como bem o prova o punhal que levas aí escondido.
        Vendo-se descoberto, homem se arrependeu e desistiu de seu mau intento.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Um dia é da caça, outro é do caçador


Um dia é da caça, outro é do caçador – Humor Católico

Toca o telefone...
- Alô.
- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?
- Pois não, pode ser comigo mesmo.
- Quem fala, por favor?
- Edson.
- Senhor Edson, aqui é da companhia telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção “linha adicional”, onde o Senhor tem direito...
- Desculpe interromper, mas quem está falando?
- Aqui é Rosicleide Judite, e estamos ligando...
- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?
- Bem, pode...
- De que telefone você fala? Meu bina não identificou.
- Meu telefone é xxxxx.
- Você trabalha em que área, na companhia telefônica?
- Telemarketing.
- Você tem número de matrícula?
- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.
- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da companhia telefônica. São normas de nossa casa.

- Mas posso garantir...
- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a companhia telefônica.
- Ok... Minha matrícula é 34591212.
- Só um momento enquanto verifico.
(Dois minutos depois) - Só mais um momento.
(Cinco minutos depois) - Senhor?
- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.
- Mas senhor...
- Pronto, Rosicleide, obrigado por ter aguardado. Qual o assunto?
- Aqui é da companhia telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção, onde o Sr. tem direito a uma linha adicional. O senhor está interessado, senhor Edson?
- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, porque é ela que decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones. Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.
(coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino tocando no Repeat (quem disse que um dia essa droga não iria servir para alguma coisa?), depois de tocar toda a música, minha mulher atende:
- Obrigado por ter aguardado, pode me dizer seu telefone, pois meu bina não identificou.
- Meu telefone é xxxxx.
- Com quem estou falando, por favor.
- Rosicleide
- Rosicleide de que?
- Rosicleide Judite (já demonstrando certa irritação na voz).
- Qual sua identificação na empresa?
- 34591212 (mais irritada agora!).
- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajudá-la?
- Aqui é da companhia telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção, onde a senhora tem direito a uma linha adicional. A senhora está interessada?
- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer, pode anotar o protocolo, por favor... alô, alô!
TUTUTUTUTU...
- Desligou, nossa que moça impaciente!

Se essa moda pegar. Agora é a nossa vez!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Rainha Santa Isabel de Portugal

Isabel de Aragão nasceu no palácio de Aljaferia, na cidade de Saragoça, onde reinava o seu avô paterno D. Jaime I. Era filha de D. Pedro, futuro D. Pedro III, e de D. Constança de Navarra. A princesa recebeu o nome de Isabel por desejo de sua mãe em recordação de sua tia Santa Isabel da Hungria, duquesa de Turíngia. O seu nascimento veio acabar com as discórdias na corte de Aragão, pelo que o seu avô lhe chamava “rosa da casa de Aragão”.
As virtudes da sua tia-avó viriam a servir-lhe de modelo e desde muito nova começou a mostrar gosto pela meditação, rezas e jejum, não a atraindo os divertimentos comuns das raparigas da sua idade. Isabel não gostava de música, passeios, nem jóias e enfeites, vestia-se sempre com simplicidade.

A infanta D. Isabel tornara-se conhecida em beleza discrição e santidades. As suas virtudes levaram muitos príncipes apresentavam-se a D. Pedro como pretendentes à mão da sua admirável filha. Os pais escolheram o mais próximo, D. Dinis, herdeiro do trono de Portugal, que era também o mais dotado de qualidades. Isabel estava mais inclinada a encerrar-se num convento, no entanto, como era submissa, viu no pedido dos pais, a vontade do céu. Foram assinadas a 11 de Fevereiro de 1282 as bases do contrato de casamento, e o matrimónio realizou-se na vila de Trancoso, no dia de S. João Baptista de 1282. Nos primeiros tempos de casada acompanhava o marido nas suas deslocações pelo país e com a sua bondade conquistou a simpatia do povo. Dava dotes a raparigas pobres e educava os filhos de cavaleiros sem fortuna.
 
Isabel deu ao rei dois filhos: Constância, futura rainha de Castela e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. As numerosas aventuras extraconjugais do marido humilhavam-na profundamente. Mas Isabel mostrava-se magnânima no perdão criando com os seus também os filhos ilegítimos de Dinis, aos quais reservava igual afecto. Entre seus familiares, constantemente em luta, desempenhou obra de pacificadora, merecendo justamente o apelido de anjo da paz. Desempenhou sempre o papel de medianeira entre o rei e o seu irmão D Afonso, bem como entre o rei e o príncipe herdeiro. Por sua intervenção foi assinada a paz em 1322.
A sua vida será marcada por quatro virtudes fundamentais: a piedade, a caridade, a humildade e a inquietude pela paz. Tornou-se uma mulher de grande piedade conservando em sua vida a prática da oração e a meditação da Palavra de Deus. Buscou sempre a reconciliação e a paz entre as pessoas, as famílias e até entre nações.
   
D. Isabel costumava dizer “Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas.” Sempre que saía do paço era seguida por pobres e andrajosos a quem sempre ajudava.
  
Após a morte de seu marido, entregou-se inteiramente às obras assistenciais que havia fundado, não podendo vestir o hábito das clarissas e professar os votos no mosteiro que ela mesma havia fundado, fez-se terciária franciscana, após ter deposto a coroa real no santuário de São Tiago de Compostela e haver dado seus bens pessoais aos necessitados. Fixou residência em Coimbra, junto ao convento de Santa Clara, nos Paços de Santa Ana, de que faria doação ao convento. Mandou edificar o hospital de Coimbra junto à sua residência, o de Santarém e o de Leiria para receber enjeitados.

Viveu uma profunda caridade sendo sempre sensível às necessidades dos pobres e excluídos. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, dedicada aos exercícios de piedade e de mortificações.
   
Isabel faleceu a 4 de Julho de 1336, deixando em testamento grandes legados a hospitais e conventos.

O povo criou à sua volta uma lenda de santidade, atribuindo-lhe diversos milagres e a santa foi canonizada em 1625.
Foram atribuídos muitos milagres, como a cura da sua dama de companhia e de diversos leprosos. Diz-se também que fez com que uma pobre criança cega começasse a ver e que curou numa só noite os graves ferimentos de um criado. No entanto o mais conhecido é o milagre das rosas.
 Reza a lenda que, durante o cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata para socorrer os necessitados da zona de Alvalade, quando o marido apareceu. O rei perguntou-lhe: “O que levais aí, Senhora?” Ao que ela, com receio de desgostar a D. Dinis, e, como que inspirada pelo céu respondeu: 
Levo rosas senhor....” E, abrindo o manto, perante o olhar atónito do rei, não se viram moedas, mas sim rosas encarnadas e frescas
Beatificada pelo Papa Leão X(breve de 15/04/1516) e
em 1625 foi canonizada pelo Papa Urbano VIII.
 Por ordem do bispo D. Afonso de Castelo Branco abriu-se o túmulo real, verificando-se que o corpo da saudosa Rainha estava incorrupto. A canonização solene teve lugar em 1625. Quando esta notícia chegou à cidade realizaram-se grandes festejos que se prolongam até aos nossos dias.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Valor da Santa Missa


Eis um breve relato de algumas visões do padre João Baptista Reus, com relação à maravilhosa realidade sobrenatural da Santa Missa. Falecido em odor de santidade, teve este sacerdote, a graça de ver o que acontece de sobrenatural durante a Santa Missa, a qual, por razão, costumava chamar de "A FESTA NO CÉU".
Ao tempo em que o demônio procura eclipsá-la, vamos adorar mais e mais a Jesus, em reparação a tantas blasfêmias que contra a Eucaristia se cometem. Eis o que era dado ver ao Padre Reus:
"Nossa Senhora convida todo o Paraíso para participar da Santa Missa. Todos os anjos e Santos A seguem em maravilhoso cortejo até o altar. Os Santos formam um semi-círculo ao redor do sacerdote celebrante e o acompanham até o altar. Lá chegando, os anjos se colocam atrás dos Santos.
Outra multidão de anjos cerca a igreja e cobre os fiéis, impedindo a aproximação dos demônios durante a Santa Missa, em honra á Majestade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Virgem Santíssima está sempre junto do celebrante, do lado do altar onde é servida a água e o vinho, e onde são lavadas as mãos do sacerdote. É a própria Mãe de Jesus quem serve o celebrante e lava suas mãos. Entre Nossa Senhora e o celebrante, é convidado o Santo do dia.
Todas as almas do Purgatório também são convidadas pela Virgem Maria e permanecem durante toda a Santa Missa aos pés do altar, entre o celebrante e os fiéis. Conta o Padre Reus que ele via as almas do Purgatório em verdadeira festa e com grande esperança de libertação. Padre Reus via uma chuva caindo sobre o Purgatório durante toda a Santa Missa.
No momento sublime da Consagração, quando estas almas veem Nosso Senhor Jesus Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, sentem um desejo incontrolável de sair daquelas chamas e se atirarem em Seus braços, mas não conseguem, por não estarem ainda purificadas.
Após a Consagração, acontece a libertação do Purgatório, das almas que já atingiram a purificação. Nossa Senhora estende a mão a cada uma delas e diz: "Minha filha, pode subir ".
Os anjos saúdam as almas libertadas do Purgatório, abraçando-as. É um momento de imensa alegria e beleza. Em seguida, estas almas, resplandecendo com a beleza indescritível, adornadas como noivas, como anjos, são introduzidas triunfalmente no Paraíso, por uma multidão de anjos, ao som de música e cantos celestiais.

- Na hora da morte, as Missas que houveres assistido serão a tua maior consolação.
- Toda Missa implora o teu perdão junto da justiça Divina.

- Em toda Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados e diminuí-las mais ou menos consoante a teu fervor.
- Assistindo com devoção à Missa, prestas a maior das honra à Santa Humanidade de Jesus Cristo.
- Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões.
- Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais porém te arrependestes.
- Diminui o império de Satanás sobre ti.
- Sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível.
- Uma só Missa a que houveres assistido em vida, ser-te-á mais salutar que muitas a que outros assistirão por ti depois da tua morte, pois pela Missa participas da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
- A Missa preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam.
- Na Missa recebes a benção do sacerdote, a qual Nosso Senhor confirma no Céu. És abençoado em seus negócios e interesses pessoais.
- Toda Missa alcança-te um grau maior no Céu e diminui o teu Purgatório."
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