sábado, 16 de março de 2013

O que carregamos é um ideal pelo qual vale a pena dar tudo

“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mt 16, 24). Nos dias atuais, parece que esse conselho evangélico se enfraquece cada vez mais. Sofremos constantemente a tentação de esfriarmos na luta para atingirmos nossos objetivos. Parece que existe um desejo de que as coisas as coisas aconteçam sem que tenhamos que fazer absolutamente nada.

Não percebemos, mas isso afeta também a nossa vivência da fé, nossa espiritualidade. Admiramos e veneramos os santos como, por exemplo, Beato João Paulo II, Beata Chiara Luce, Santa Terezinha, São Sebastião. Nos identificamos com eles, queremos fazer destes nossos “patronos” e "intercessores" de caminhada, mas acabamos esquecendo que todos eles, sem exceção, tiveram uma coisa em comum: acolheram e carregaram com alegria suas cruzes. Não esperaram as coisas acontecerem, mas fizeram elas acontecerem.

Tomar pra si a cruz é indispensável no seguimento de Cristo. Quanto a isso, Nosso Senhor foi muito claro: “se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”(Mt 16,24). É preciso tomá-la com alegria e com júbilo de quem sabe que encontrou um sentido para a sua vida, um motivo maior pelo qual vale a pena se esforçar.

Viver a castidade exige muito mais esforço do que se deixar levar. Estudar para uma prova difícil exige muito mais esforço e disciplina do que simplesmente colar de alguém que já tenha feito esse esforço. Rezar todo dia, oferecer cada momento do dia como uma oferta que seja agradável a Deus, é muito mais difícil do que viver levianamente fazendo o que “vier na cabeça”, sem pensar se minha atitude é cristã ou não.  Frequentar a igreja regularmente observando o 3° mandamento exige muito mais esforço do que ficar em casa sem nada pra fazer.

Nós, que estamos nos aproximando da JMJ Rio2013 precisamos nos preparar e mostrar com a nossa vida, mais do que com as palavras, que vale a pena seguir este a quem seguimos, vale a pena lutar pelos ideais que lutamos, ainda que exijam de nós uma renúncia muito maior do que simplesmente se deixar levar pelas tendências modernas. O encontro que fizemos com Aquele que mudou nossa vida e a vida dos santos que veneramos, nos mostra que, mais do que possível, é uma coisa que vale a pena ser feita.

Tomar sobre si a própria cruz, renunciar a si mesmo, é seguí-Lo com a fé e a esperança de quem encontrou o Tesouro mais valioso de todos. Por Ele vale a pena doar todo o nosso esforço, nossa vida, ainda que seja em uma cruz, vale a pena! Assim o que carregamos não é uma simples cruz, mas um ideal pelo qual vale a pena dar tudo!

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