sexta-feira, 10 de junho de 2011

"Chamou os que ele quis". (Mc 3,13)


Quem de nós, jovens ou adultos, em um certo momento de nossas vidas, não paramos um instante para nos interrogar a nós mesmos sobre o que somos neste mundo? E é a partir dessa atitude de escuta silenciosa do nosso intimo e de nossos sentimentos que o Espírito Santo de Deus age em nós. E dessa escuta, nasce a inspiração, por ação de Deus e não nossa, de querer servir a Jesus Cristo mais de perto e em total doação.
Mas, não basta somente termos a vontade de querer ser padre ou um religioso. É preciso antes que o próprio Cristo nos tenha chamado realmente: “E chamou a si os que ele queria,e eles foram até ele.”(Mc 3,13).
Sim, Jesus somente convoca aqueles que ele próprio escolheu muito antes de se encontrarem no ventre materno. E os chama para se tornarem uma via de acesso das para as pessoas até cristo. E isso não depende de nossas qualidades, dos nossos méritos, mas do amor de predileção de Jesus por nós. Na Escritura Sagrada o próprio Jesus diz: “não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu quem vós escolhi” (Jo 15,16). Ele nos pede para seguirmos os seus passos dolorosos, e ao mesmo tempo nos enche de esperança por meio de um amor incomparável.
A vocação é, portanto, um dom que recebemos de Deus para bem realizarmos o nosso papel na evangelização de seus filhos, ser sal da terra e luz para o mundo (cf. Mt 5,13). E a oração, o jejum e, principalmente, a vida sacramental são os elementos pelos quais adquirimos força e coragem, capacitando-nos em nossa vocação.
No entanto, para sermos fiéis ao nosso chamado, teremos sempre que passar por inúmeras batalhas seja ela com nós mesmos, com os familiares ou com o mundo em geral. Muitas vezes, nós sentimos o chamado de Nosso Senhor, mas não temos a coragem de deixar todo o conforto de casa, os estudos, uma suposta namorada ou um bom emprego, e quem sabe uma carreira profissional brilhante, prazerosa e lucrativa. Além disso, há pais que não acreditam e muito menos aceitam a vocação que Deus concedeu aos seus filhos e irão fazer de tudo para que ele não “desperdice” a sua vida.
Nesse mundo pragmático e relativista, do ter pelo ter, d prazer pelo prazer e do lucro pelo lucro, nós, jovens e adultos vocacionados do Senhor, temos a obrigação para com nós mesmos e principalmente com o nosso Deus de sermos “outros cristos” na terra e pescadores de homens. Por isso é preciso que haja um testemunho de nossa parte, porque é esse testemunho que irá ferir as consciências adormecidas que se fazem indiferentes ante a grande responsabilidade de viver e dar sentido às suas vidas. E quem nos diz quem somos e para onde vamos é Jesus Cristo, o Filho de Deus que se fez homem por amor a nós, pobres seres humanos manchados pelo pecado.

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